Uma carta enviada pela SBF (Sociedade Brasileira de Física) ao presidente do Senado, José Sarney, protesta contra a possível votação, nesta terça (12), do projeto de lei n. 220, de 2010. O projeto prevê que professores universitários, contratados em regime temporário, podem assumir a docência apenas com o curso de graduação, sem terem mestrado ou doutorado, em em "área de conhecimento científico e tecnológico".
Assim, qualquer físico ou biólogo, por exemplo, poderia se tornar professor universitário de física ou biologia. Os membros da SBF reclamam da ideia e pedem que o tema seja ao menos discutido com a comunidade científica, por meio de audiência pública, antes da votação do projeto, argumentando que rebaixar as exigências sobre formação de professores será prejudicial para o país.
"Abre-se uma brecha de interpretação que pode levar a retrocesso significativo nos modelos de contratação de professores de ensino superior", alerta Celso de Melo, presidente da SBF, na carta a José Sarney.
"Ficamos assustados com a possibilidade de ver esse PL, tal qual está redigido, ser aprovado, e mais surpresos ainda de ver essa votação acontecer sem que a sociedade civil seja consultada", afirmou Melo em comunicado oficial.
"No momento em que forma mais de 11 mil doutores/ano, o Brasil precisa de mais, e não de menos, ciência; isto é, a superação de nossos gargalos estratégicos, inclusive na formação de pessoal especializado, requer maior densidade de competência que aquela a ser oferecida pela eventual contratação em caráter temporário de profissionais sem a devida qualificação acadêmica", diz o presidente da SBF na carta.
Fonte: Folha.com
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